Transcorreu a primeira semana das aulas presenciais da 15ª Edição do Curso de Gestão de Restauro no canteiro didático do CECI no Alto da Sé, em Olinda, numa parceria com a FUNDARPE/MASPE e UFPE/CAC/DAU.
Alunos e alunas vindos desde o Acre ao Rio Grande do Sul, num total de 32 participantes foram e estarão sendo submetidos em tempo integral às práticas dos ofícios das técnicas tradicionais na conservação do patrimônio cultural construído.
A 15ª edição do Curso Nesta edição focaliza a necessidade de os projetos e as obras de conservação e restauro das edificações de valor cultural garantirem a integridade material dos componentes construtivos assim como os seus aspectos de autenticidade. Os trabalhos de conservação exigem que as intervenções sejam realizadas levando em consideração as boas práticas da gestão de restauro. No momento em que estão já foram iniciadas dezenas de obras pelo Brasil, através do PAC-Cidades Históricas, e uma centena de projetos estão em processo de análise em Brasília, esse é o momento adequado para se estudar a permanência dos valores de significância cultural das edificações.
O programa do curso está configurado para a difusão das boas práticas da conservação. O objetivo é capacitar os profissionais para as mudanças de paradigmas nas ações de preservação do patrimônio cultural construído. As condutas que privilegiam a restauração em detrimento da conservação devem ser revisadas. Observa-se que os projetos não contemplam especificações e encargos que possibilitem os procedimentos das práticas de manutenções periódicas preditivas e preventivas. Por outro lado, a maioria das intervenções de requalificações e adaptações retiram dos imóveis antigos indicadores importantes da significância cultural que justificaram sua proteção. O resultado final das obras e serviços tem-se traduzido numa cenarização do antigo, onde a conduta do “velhinho em folha” prevalece.